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A mostrar mensagens de agosto, 2012

Curtas - João Salaviza

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Entre muito lixo, alguns filmes visíveis e um ou outro bom, fui encontrar no vídeo clube do Meo algo chamado «Curtas», de João Salaviza. Uns quatro ou cinco pequenos filmes, que perfazem pouco mais de uma hora de bom cinema. Entrei nessa. Resumo: dor, marginalidade, pobreza, crime, polícias e Lisboa - aquela Lisboa que não ri. Talvez daqui a 20 anos, perto dos cinquenta, João Salaviza consiga juntar a tudo isto, uma pitada de humor. Até os pobres, os marginais, os criminosos e os polícias, riem.

Pós-Graduação em Análise Interdisciplinar Forense

Encontram-se abertas as candidaturas para a frequência da Pós-Graduação em Análise Interdisciplinar Forense, a levar a cabo no ISCS Egas Moniz.  A pós-graduação em   Análise Interdisciplinar Forense  visa a complementação da qualificação profissional   dos formandos, nomeadamente na aquisição e consolidação de conhecimentos na análise do local do crime   e na análise e interpretação de resultados periciais. Plano  Curricular    Módulo Horas Acidentes/Crimes Rodoviários 12 Análise da Cena de Crime 18 Antropologia Forense 12 Balística 12 Botânica Forense 12 Documentoscopia 12 Entomologia Forense 12 Explosivos e Terrorismo 12 Genética Forense 18 Medicina Legal 12 Sociologia Criminal/Testes Estatísticos 18 Técnicas e Tácticas Processuais Penais 18 Toxicologia Forense e Substâncias de Abuso 12   Coordenação Profª Doutora Ana Paula Ferreira Profª Doutora Mafalda Faria  

Alda Lara e o seu «Testamento» (belíssimo)

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Quanto de belo não anda por aí para ser descoberto?  Alda Lara era uma poetisa angolana que morreu há 50  anos - tinha 31 - e eu não sabia da sua existência. Testamento À prostituta mais nova Do bairro mais velho e escuro, Deixo os meus brincos, lavrados Em cristal, límpido e puro... E àquela virgem esquecida Rapariga sem ternura, Sonhando algures uma lenda, Deixo o meu vestido branco, O meu vestido de noiva, Todo tecido de renda... Este meu rosário antigo Ofereço-o àquele amigo Que não acredita em Deus... E os livros, rosários meus Das contas de outro sofrer, São para os homens humildes, Que nunca souberam ler. Quanto aos meus poemas loucos, Esses, que são de dor Sincera e desordenada... Esses, que são de esperança, Desesperada mas firme, Deixo-os a ti, meu amor... Para que, na paz da hora, Em que a minha alma venha Beijar de longe os teus olhos, Vás por essa noite fora... Com passos feitos de lua, Oferecê-los às

Os assassinos de García Lorca

Espero que rapidamente seja traduzido para português Los asesinos de García Lorca

A relação autor/editor e o neoliberalismo

Ora aqui está um artigo bem interessante sobre as alterações nas relações entre o autor e o editor. Já nada é como dantes - e eu revejo-me em muito do que li. Editores e autores continuam amigos mas os negócios já são à parte - Cultura - PUBLICO.PT

Uma imagem positiva de Portugal

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Já não é novidade, mas vale bem a pena rever. Cliquem no quadradinho... WE_ARE_NOT_IN_THE_MOODY'S.wmv 6908K    Transferência   

NÃO APAGUEM A MEMÓRIA!

HAJA MEMÓRIA 1931 O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto; 1932 Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa; 1934, 18 de Janeiro Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal 1935 Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE); 1936 Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;

Primeiro dia depois das férias

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Não sei se é geral, se  calhar não, mas a sensação que tenho é que à medida que a idade avança as férias ficam mais escassas. Há muitos anos, comecei por tirar duas semanas seguidas e os restantes dias eram repartidos ao longo do ano. Mais tarde, fiz passar o período grande para três semanas e há alguns anos passaram a quatro. A razão para os aumentos é prosaica, prende-se com o facto de eu ir sentindo necessidade de ficar mais uns dias longe do trabalho - o corpo pedia-me mais descanso. O pior é que esta era a altura de passar a cinco semanas seguidas, mas tal não é possível, primeiro porque não esticam e depois porque gosto de tirar uns dias para juntar a um fim-de-semana na Primavera e guardo outros para o Outono.  Manias, que também as tenho. Mas estou preocupado: não sei como vai ser até à reforma. Com esta revolução que está a acontecer na sociedade portuguesa - vivemos uma estranhamente pacífica revolução - pode ser que alguém do Governo veja esta mensagem e, por caridade

Parque temático de 120 hectares vai nascer em Alenquer e Azambuja - Sociedade - Sol

Também temos direito a boas notícias. Assim elas se cumpram e não suceda com este projecto o que tem sucedido com outros, que também eram considerados «projectos estratégicos» e, de súbito, viraram nados mortos. Parque temático de 120 hectares vai nascer em Alenquer e Azambuja - Sociedade - Sol

Arrumar o sótão tem destas coisas

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As férias também são o tempo em que nos podemos dar ao luxo de arrumar espaços que frequentamos menos ao longo do ano. A garagem e o sótão encaixam neste perfil. Se a garagem só serve como local de estágio para coisas que estão condenadas ao lixo, o sótão serve como o armazém da memória familiar. É também no sótão que guardo os livros. Há-os na sala, no escritório, no quarto, mas a maior parte encontra-se no sótão.  A manhã de hoje foi dedicada a arrumar, pelo menos tentar, o sótão. Para mim, o problema de arrumar espaços que concentram a memória, é que me prendo a muito do que vou encontrando e que era suposto passar adiante para que o objetivo inicial se cumprisse. Dediquei-me apenas aos livros, porque o tempo não dava para mais. De repente, deparei-me com uma série de títulos que tinham tudo a ver com as minhas filhas e parei com a arrumação. Elas saíram de casa quando foram para a universidade e não voltaram - cansadas dos pais? Selecionei uma série de livros pertenc

Filme - A cidade do Porto há cem anos

Aqui está um belo documento histórico: um filme-documentário feito há cerca de 100 anos na cidade do Porto. Não sei se o preto e branco, se a ausência de som me iludiram a percepção, mas naquelas imagens eu vejo paixão por aquela terra, por aquela gente. Belíssimo.       http://player.vimeo.com/video/42189965

O mestre Gedeão e a sua visão do ser humano

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O editor Hugo Xavier, num post no Facebook, fez-me recordar uma passagem de, talvez, a última entrevista dada pelo poeta António Gedeão, que aqui deixo:    «...eu nunca votei. Eu não acredito nos seres humanos. Não acredito na capacidade de os homens fazerem qualquer coisa socialmente boa. Só são capazes de fazer qualquer coisa segundo os seus interesses pessoais. Ou seja fascismo ou seja democracia, ou seja o que for, os homens ou aproveitam a dureza do fascismo para obrigarem os outros a fazerem aquilo que desejam, ou aproveitam a liberdade da democracia para fazerem o que podem em seu proveito.» Eu teria trinta e tal anos e estava a ver essa entrevista porque, desde que me conheço, sempre ouvi falar do poeta, cuja obra admiro e a que volto amiúde. Ao ouvi-lo falar assim, e recordo que ele andaria perto dos noventa, fiquei com um certo amargo na boca. Aquilo que na altura me pareceu como que uma blasfémia contra o ser humano, hoje, que já passei os cinquenta, compreendo melho

II Encontro de Escritores Transmontanos

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Decorreu no passado sábado, dia 11, em Macedo de Cavaleiros, na Livraria Poética, o II Encontro de Escritores Transmontanos. O evento, organizado por Virgínia do Carmo, teve grande adesão dos leitores, que ali acorreram para ouvir, mas também participar na interacção que houve com os escritores convidados. Um evento a louvar, preservar e apoiar, por parte de quem tem responsabilidades políticas na difusão cultural.                                                   Rui Rendeiro de Sousa, orientou o encontro   A. M. Pires Cabral, na apresentação do seu mais recente livro «Os Anjos Nus» Tiago Patrício, apresentou «Trás-os-Montes», a sua obra galardoada  com o Prémio Agustina Bessa Luís

Tom & Jerry em concerto - «Hungarian Rhapsody No. 2” de Franz Liszt»

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É realmente uma obra prima, este video de Tom & Jerry, feito há 66 anos.   Tom toca - contrariado - em dueto com Jerry a Rapsódia Húngara nº 2 de Liszt. Produzido  pela Metro Goldwyn Mayer é u m regalo para os sentidos.

O mistério dos documentos desaparecidos do Ministério

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  Segundo notícia do Jornal de Notícias de hoje, terão desaparecido Ministério da Defesa documentos importantes para o esclarecimento dos factos relacionados com a compra dos submarinos. É grave, todos concordamos. Mas fazendo um esforço de memória, muitos de nós se recordarão que certo ministro e os seus mais directos colaboradores, antes de deixarem o ministério, passaram muitas horas a tirar fotocópias de documentos - falava-se na altura em milhares de documentos. Certamente que se o Ministério Público pedir  os bons ofícios do Dr. Paulo Portas no sentido de procurar nos seus arquivos cópias dos documentos em falta, ele não dirá que não. Se disser, a lei processual tem solução para isso. Apliquem-na.  

Andorinhas bebés

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Aí por Abril, Maio, apercebi-me que uma andorinha me escolhera para senhorio. Laboriosa, lá ia construindo o seu ninho no interior do telheiro que protege a fachada fronteira da minha casa. Ainda avisei a minha mulher, a grande defensora da intenção da ave, «olha que é melhor não, tu vais arrepender-te», etc. etc., mas de nada valeram as minhas então sábias palavras. A passarinha lá foi juntando ervas, terra e água e às tantas, estava a obra concluída e sem projecto aprovado pela Câmara. Acho que as próximas fotografias mostram à saciedade porque é que a minha mulher tinha razão. Foram tiradas hoje ao fim do dia, quando as criaturazinhas esperavam que a mamã andorinha chegasse com o jantar.  As andorinhas são aves asseadas, já se sabe, não fazem nada nas suas casas que não possam fazer, mas não se ralam de transformar as dos outros nas suas etar`s. Esta última fotografia mostra, à saciedade, porque raio eu tinha razão.

La Marseillaise Casablanca

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Parece-me oportuno recordar. Nem que nos fechem o café... nada pode terminar no poder absoluto das fardas ou do dinheiro que as compra.

As11 bibliotecas mais incríveis do mundo

http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/08/06/956327/as-11-bibliotecas-mais-incriveis-do-mundo.html

Ainda a guerra civil espanhola - «As 13 Rosas»

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As 13 rosas. Foi há muitos anos, eu sei, mas é sempre bom recordá-las, como aos motivos pelos quais morreram. Preservando a memória,   mantemo-nos mais vigilantes e evitamos confrontos que podem levar a situações dramáticas como esta. Há um filme espanhol com o título «13 Rosas» que retrata este episódio e que recomendo. Todas estas mulheres tinham nome e morreram defendendo a liberdade. Carmen Barrero Aguado, 20 anos Martina Barroso García, 24 anos Blanca Brisac Vázquez, 29 anos Pilar Bueno Ibáñez, 27 anos Julia Conesa Conesa, 19 anos Adelina García Casillas, 19 anos Elena Gil Olaya, 20 anos Virtudes González García, 18 anos Ana López Gallego, 21 anos Joaquina López Laffite, 23 anos Dionisia Manzanero Salas, 20 anos Victoria Muñoz García, 18 anos Luísa Rodríguez de la Fuente, 18 anos

Norma Jean

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Mais do que qualquer outro, ela é o verdadeiro ícone do cinema: tinha sonho, beleza,  inteligência   e gerava fantasia.   Como se isso não bastasse era uma grande actriz. Depois vem a parte negativa: quis morrer jovem, deixou o mundo com saudades e a inevitável pena - nasceu o mito. Parece que faz hoje 50 anos que apareceu morta.

O Bairro na RÁDIO ONDA LIVRE - entrevista

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O Bairro  | RÁDIO ONDA LIVRE A Onda Livre esteve à conversa com o escritor Carlos Ademar ondalivrefm.net/tag/o-bairro/