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A mostrar mensagens de dezembro, 2014

2014 em jeito de balanço, enquanto dá as últimas

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Não sou de balanços, pelo menos públicos, mas enquanto espero os amigos que farão o favor de me encher a casa daqui a um par de horas, sem que me apeteça trabalhar - outros dias virão -, vou pensando brevemente no que de bom e de menos bom este ano, que hoje termina, me trouxe. O mês de Abril, sem dúvida, destaca-se. Foi o mês da defesa académica de «Vítor Alves, o Revolucionário Tranquilo», dia 3, uma dissertação de mestrado que em 2015, revista e bastante aumentada, conhecerá os escaparates das livrarias. A 27 desse mês, na Fortaleza de Peniche, fizemos a apresentação de No Limite da Dor, já hoje uma obra fundamental para se conhecer o aparelho repressivo do Estado Novo. Vendo bem, talvez a publicação deste livro tenha sido o momento alto do ano para mim, pelo contributo que, tenho a consciência, demos (eu, a Ana Aranha e, essencialmente todos os antigos presos políticos que essa grande mulher da rádio portuguesa conseguiu entrevistar para o seu programa na Antena 1, de q

O Chalet das Cotovias no Jornal de Sintra

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O Chalet ainda mexe. Desta feita, um artigo bem assertivo publicado no Jornal de Sintra. «Jornal de Sintra 31 de Outubro de 2014 Carlos Ademar - O Chalet das Cotovias Um policial clássico passado em Sintra com força literária inusitada, publicado em 2013, O Chalet das Cotovias, de Carlos Ademar, antigo inspector da Polícia Judiciária e professor na Escola Superior de Polícia, resgata para a literatura portuguesa o romance policial clássico segundo o tradicional modelo de Georges Simenon e Agatha Christie (o policial como espelho das taras sociais e psicológicas da comunidade) e dos seus famosos inspectores da polícia Maigret e Poirot. Trata-se de uma narrativa de intriga mistério, de pendor realista que, extrapolando a ocorrência policial específica, intenta constituir-se como espelho histórico da sociedade, afirmando a fidelidade ao real e a veracidade escrupulosa da História, determinada a partir do ponto de vista dos documentos objectivos. No caso de O Chalet das

Tom Waits Live Silent Night Christmas Card From A Hooker In Minneapolis

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Qual o betinho que podia escrever algo assim? Só muita vida vivida o permite. Para ouvir com o corpo todo.

Morreu Vítor Crespo - Um bravo, um democrata

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Morreu mais um «capitão de Abril». Tudo tem um tempo, é bem verdade. Desta vez foi Vítor Crespo, o representante da Marinha no Posto de Comando na Pontinha, um homem lúcido, de bom senso, firme, que marcou a sua actuação no período revolucionário com um equilíbrio e uma determinação, que, com outros, designadamente Vítor Alves e Melo Antunes, muito contribuiu para que este povo não voltasse a conhecer os horrores da guerra civil. Descansará em paz, tenho para mim, porque cumpriu a sua missão.  Os que ficam por cá que lhe sigam o exemplo, façam a sua parte.  Pêsames à sua família e à vasta família que partilha Ab ril.

Zeca Afonso - Ao Vivo no Coliseu 1983

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Há coisas que convém ter sempre à mão. Eu era um jovem chegado há pouco aos vinte, mas já tinha um enorme respeito por este senhor, pela sua obra artística e contributo na luta contra a ditadura. Por tudo isso, mas também pela sensação de que não teria muitas outras oportunidades para o ver ao vivo, fiz questão de marcar presença no Coliseu. No entanto, havia muitos a pensar como eu e os lugares não chegaram, para grande pena minha. Nos dias seguintes desabafei com um amigo, mas a reacção que me chegou não me conformou, bem pelo contrário, já que ouvi algo como: «Ele também já não canta nada de jeito...». Era e é um bom amigo, mas com pouca sensibilidade musical e histórica. Eu sei o que perdi, esse meu amigo nunca o saberá. É assim a vida. Em Fevereiro de 1987 viria a sua morte e o funeral em Setúbal, onde eu fazia questão de estar presente, sacrificando um dia de trabalho e de salário. Mas uma inesperada avaria no meu carro impossibilitou-me de estar presente naquela que foi u

Mines d'etain de ERVEDOSA

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