Visita à Escola Secundária Padre Alberto Neto em Queluz
Foi hoje. Acabei de chegar a casa.
Alcino Pedrosa, um
estimado amigo e professor de História e de Cidadania, na Escola Secundária
Padre Alberto Neto, fez-me o simpático convite de ali me dirigir aos alunos e
proferir uma conferência subordinada ao tema «A Literatura, a História e a
Cidadania»
Como se pode
recusar um convite destes? Lá fui.
Sobre o tema, nada
melhor do que falar dos meus três romances históricos e ao fazê-lo, conseguia o
pleno.
A cidadania? Pois, eu entendo que aquilo
que ia acontecer e aconteceu no magnífico anfiteatro era, por si só, um acto de
cidadania, da parte dos ouvintes, que se dispõem a estar presentes, do
organizador, Alcino Pedrosa, e da Escola que a todos acolheu. Já agora, no
que me diz respeito, fazer estas visitas custeando as próprias deslocações, sem
a perspectiva de vendas, porque nunca foi isso que me motivou, o que é se não
um acto de cidadania? Para concluir este item, falar de História e de
Literatura, que é isso se não um puro acto de cidadania?
Predispus-me usar os
três livros como pretexto para abordar as épocas em que decorrem as respectivas
tramas: O Homem da Carbonária - sobre a Primeira República e a
instauração da Ditadura; O Chalet das Cotovias (que só sairá em Maio) - sobre
os anos trinta e a instauração do Estado Novo e, por fim, a Primavera Adiada,
que aborda o marcelismo e o 25 de Abril.
Tinham-me
perguntado quanto tempo usaria e respondi que talvez quarenta minutos
bastassem. Pois bem, comecei por essas 8 e picos e quando dei por mim, eram
9h30, e os coitados dos alunos ainda nem sequer tinham tido oportunidade de
colocar qualquer questão. Temo que tenha sido um pouco chato para os alunos,
mas na verdade, apenas três ou quatro, dos bem perto de cem que ocupavam o
anfiteatro, foram saindo.
Deu-se então
início ao período de debate e quando mais ninguém avançou com perguntas, o
relógio marcava as 10 da noite.
Não sei se eles
gostaram, penso francamente que sim, por mim, acho que foram duas horas que
souberam a pouco, o que diz da forma intensa como foram vividas. Haja mais.