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A mostrar mensagens de agosto, 2013

O altar à santa administração em «O Chalet das Cotovias»

Seleçção de  Antonio Ganhão  na página «Direito, Justiça e Literatura» do Facebook «…conduziu-os por um corredor a um escuro gabinete, onde atrás da secretária preta se escondia uma senhora idosa, vestida de preto da cabeça aos pés. No meio daquela penumbra, só o seu rosto de cera se destacava. Para o chefe, faltavam dois castiçais com velas acesas a ladear a mulher para que o espaço se confundisse com um altar, no caso dedicado à santa administração. A funcionária envelhecera a cumprir a sua árdua tarefa e acabara por morrer no seu posto de trabalho. Como santa que era, o seu corpo não se corrompeu e, para homenagear a administração portuguesa, deixaram-na ficar.» O Chalet das Cotovias, de  Carlos Ademar

Passos Coelho e o Estado de Direito

Mais uma vez o PS não tem razão – foi tiro ao lado. Passos não está a pressionar o Tribunal Constitucional. Mal seria que o TC se deixasse pressionar com discursos partidários em festas caducas. O que Passos Coelho ontem tentou fazer foi uma vergonhosa passagem do ónus pernicioso das suas políticas para o TC, apenas para português ver. Ou seja, quem sistematicamente não cumpre a lei basilar deste país veste agora a pele de cordeiro fazendo crer ao povo que o lobo mau é o organismo que existe apenas com um objetivo: zelar pelo cumprimento da Constituição da República, que o atual Governo já desrespeitou várias vezes e mais uma vez insiste em desrespeitar com este novo pacote de leis.      

4.8.1578 - morreu o Portugal que deixou marcas

Faz hoje anos, muitos, que acabou um certo Portugal, aquele que durante cerca de cem anos deu cartas ao mundo. Não devemos ter vergonha de o dizer. Vinha a definhar desde que a Inquisição aqui deu entrada, 40 anos antes, mas a 4 de Agosto de 1578 morreu de vez.  Depois de um período de casulo, nasceu outra coisa, outro Portugal, medroso, rico em bufaria, que se habitou a obedecer e a não ousar e por isso, sem rasgos. Mais tarde foi-se a Inquisição, que tudo condicionou, mas ficaram os herdeiros inquisidores, que se vão sucedendo geração atrás de geração e nos mantém tolhidos, amedrontados, inócuos e entretidos. E assim passamos os dias, talvez à espera de um qualquer Dom Sebastião. Mas, porque hoje se assinala a morte do Portugal de que todos temos razões para nos orgulhar, permito-me deixar um aviso: foi assim, à espera, tolhidos, amedrontados, inócuos e entretidos, que nos lixámos.    

João Céu e Silva do DN e «O Chalet das Cotovias»

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Na edição de hoje de «Q - Quociente de Inteligência», do DN, talvez o melhor destacável cultural da actualidade, João Céu e Silva escreve o que pensa sobre o Chalet das Cotovias. 

Jesus Cristo era doido

Vinda de um sábio da Igreja, aqui está uma visão muito humana de Jesus, como eu gosto.