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A mostrar mensagens de fevereiro, 2012

Visita à Escola Secundária Virgílio Ferreira, em Carnide, Lisboa

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No próximo dia 28, pelas 10h00, espero estar acompanhado por algumas dezenas de alunos da Escola Secundária Virgílio Ferreira, em Lisboa, num encontro que se pretende animado e bem disposto, onde me proponho falar, naturalmente, de livros e do prazer da leitura.

Dois 23 de Fevereiro

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Duas efemérides de grande significado para muita gente, onde eu me incluo. - Espanha, 1981 - o que restava do franquismo espanhol pôs a cabeça de fora. As Cortes foram assaltadas por Tejero Molina, da Guarda Civil, que se armou em Pinochet retardado, com tiros para o ar, e o hemiciclo cheio de parlamentares e membros do governo. Em Valência, os tanques comandados pelo governador militar, conluiado com o assaltante das Cortes, vieram para a rua. Foram horas de grande tensão. A Espanha tremia e com ela todos quantos temeram pela jovem Democracia, que tentava ganhar raízes. No início da madrugada seguinte, o Rei Juan Carlos surgiu na televisão fardado e com ar grave. A expectativa era grande e lembro-me bem de o ver tirar o tapete aos revoltosos e a pôr-se ao lado da Constituição. Seguiram-se as rendições e mais tarde as condenações a pesadas penas de prisão dos principais responsáveis por este 23 de Fevereiro. É incontestável o papel do rei em todo o processo de democratização da Espanh

365 dias com histórias da História de Portugal

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365 dias com histórias da História de Portugal ou, se quiserem, a História de Portugal em pequenas doses. Muito agradável de ler e bem pensado em termos de estrutura, tendo em vista as franjas que pretende alcançar. O autor, o jornalista Luís Almeida Martins, escolheu os temas a abordar e destinou-lhes uma, duas páginas, no máximo. Contemplou aspectos mais conhecidos, de que não se pode nem deve fugir, sem esquecer outros que normalmente não merecem tanto a atenção dos divulgadores da História, transformando este livro num verdadeiro compêndio que dá resposta a questões que todos os portugueses deviam conhecer - acho eu. Apenas a história e a cultura podem estabelecer a diferença de tudo quanto somos bombardeados todos os dias, contribuindo para manter o que acho ser fundamental para preservar a nossa identidade enquanto povo com quase nove séculos de História. Os mais elitistas poderão ser levados a pensar que é um livro para as massas e eu concordo, mas também acho que a preocupação

Gonçalo Bulhosa regressa à Oficina do Livro

O editor Gonçalo Bulhosa, que foi responsável pelo lançamento de Margarida Rebelo Pinto e do primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, regressa à editora que co-fundou, a Oficina do Livro. Começa a trabalhar no Grupo Leya segunda-feira onde substituirá o editor Marcelo Teixeira, que abandonou o grupo. Gonçalo Bulhosa, que foi em 1999 um dos fundadores da editora Oficina do Livro, agora integrada no Grupo LeYa, assume a partir de segunda-feira funções como editor daquela chancela livreira, divulgou nesta quinta-feira a agência Lusa. Fonte da administração da Leya confirmou à Lusa que o editor que, através da Oficina do Livro, “lançou vários autores e títulos que marcaram o panorama editorial nacional”, irá agora ocupar o cargo que até esta semana era ocupado por Marcelo Teixeira, que deixou o grupo. A Oficina do Livro é a editora de Miguel Sousa Tavares. Gonçalo Bulhosa lançou o primeiro romance de Margarida Rebelo Pinto, o best-seller "Sei Lá", quando estava na editora Difel

«A Vida dos Sons» - ou um pretexto para falar da paz

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Vida dos Sons», da Antena 1 - 9h00 de sábado - que presta um serviço público à memória colectiva, lembrou hoje este belo hino pacifista, estreado no dia em que os franceses foram derrotados no Vietname e pouco antes de iniciarem a guerra na Argélia.

Programa das Correntes d'Escritas 2012

Já são conhecidas as linhas de força da próxima edição das Correntes d'Escritas 2012, que decorre na Póvoa de Varzim entre os dias 23 e 25 de Fevereiro. Confira aqui os temas e os participantes das mesas redondas. Dia 23, quinta-feira, 17h00 - Auditório Municipal Mesa 1: "A Escrita é um risco total" - Eduardo Lourenço Almeida Faria Ana Paula Tavares Eduardo Lourenço Hélia Correia Rubem Fonseca José Carlos de Vasconcelos - moderador Dia 24, sexta-feira, 10h30 - Auditório Municipal Mesa 2: "O fim da arte superior é libertar" - Fernando Pessoa Alberto S. Santos Fernando Pinto do Amaral José Jorge Letria Luís Quintais Sofia Marrecas Ferreira Care Santos João Gobern - moderador Dia 24, sexta-feira, 15ho0 - Auditório Municipal Mesa 3: A Poesia é o resultado de uma perfeita economia das palavras Jaime Rocha João Luís Barreto Guimarães Manuel António Pina Manuel Rui Margarida Vale de Gato Ivo Machado - moderador Dia 24, sexta-feira, 17h30

Recriação em 3D da Lisboa pré-pombalina

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Não tendo nascido em Lisboa, sou culturalmente lisboeta. Uma das coisas de que mais gosto é passear pelos becos e ruas da cidade antiga, ver os edifícios e monumentos, entrar nas tascas beber um copo e ficar por ali um pedaço a conversar ou simplesmente a dar atenção aos pormenores. Já me cruzei com este vídeo mais do que uma vez, mas nunca o tinha visto. A porcaria da urgência mata-nos. Tenho pena que seja tão curto e que as coisas passem tão depressa, mas está muito interessante – o Museu da Cidade há-de ter mais. Lisboa está sempre presente nos meus livros. Pudera. No disco do computador resiste um projecto que tem vindo a ser adiado há anos, cuja trama decorre precisamente nas vésperas do grande terramoto. Termina, aliás, com os ruídos que vêm de dentro da terra e com a queda dos telhados e paredes do Hospital de Todos os Santos, onde reside o meu protagonista. Fica para a reforma, quando vier e se vier. Ou talvez não.

Ministério Público de Cândidas às Avessas

Uma é contra a Polícia Judiciária (há muito), a outra a favor, ou cada uma é por si, mas certo, certo (segundo o Expresso de hoje) é que se zangaram, e a gota de água (ou o pretexto) parece ter sido o «gang do multibanco».

A base de dados de vestígios biológicos deu à luz - 2 anos depois.

Fogo-de-artifício, chamem palhaços, acrobatas, a mulher barbuda, os homens que cospem fogo, venham todos para as ruas festejar: a base de dados de vestígios biológicos deu à luz. Dois anos depois de estar em funcionamento, é verdade, mas mais vale tarde do que nunca. E agora que aprendeu o caminho do sucesso é sempre a andar. Pudera, já tem inseridos… 400 perfis de criminosos e «alguns de voluntários», upsss... que fartura? 400... isso é que tem sido produzir. Não alterem a lei que não é preciso - mas não comecem pela lei da Base, mas pela da Comissão Nacional de Protecção de Dados. Agora que estamos em tempo de grandes cortes, cortem nos poderes desses senhores. Todos ganharíamos. Talvez assim, quando se completarem 2 anos sobre estas alterações, não tenhamos que vir para a comunicação social festejar um sucesso da base de dados.

Leonard Cohen - The Partisan

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A Alemanha é diferente, os partisans também têm de o ser

DOAÇÃO DO ESPÓLIO DE CARLOS DE OLIVEIRA AO MUSEU DO NEO-REALISMO

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No próximo sábado, dia 11 de fevereiro, pelas 16h00, o Museu do Neo-Realismo “recebe” o espólio do escritor Carlos de Oliveira, numa cerimónia que terá lugar no seu Auditório e que contará com as presenças da mulher do autor de (entre outros) “Uma Abelha na Chuva”, Ângela de Oliveira e do professor universitário, ensaísta e crítico literário, Osvaldo Manuel Silvestre. O espólio de Carlos de Oliveira, um dos maiores espólios do significativo acervo do Centro de Documentação do MNR, é constituído por cerca de 9000 documentos, sendo de destacar a vertente “Correspondência”, com aproximadamente 1500 documentos. Nascido em Belém do Pará, a 10 de agosto de 1921 e falecido em Lisboa, a 01 de julho de 1981, Carlos de Oliveira estudou em Coimbra, onde teve oportunidade de conhecer e estabelecer laços de amizade com autores neorrealistas, como Joaquim Namorado, João José Cochofel e Fernando Namora. O seu primeiro livro de poemas, Turismo (1942), com ilustrações de Fernando Namora, integra a cole

Sporting, sempre

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Aos Sportinguistas: Iniciámos a época mal, depois começámos a melhorar, a ganhar confiança e a dada altura, jogávamos o melhor futebol da primeira Liga portuguesa. Não há nesta análise rápida qualquer influência das lentes, que são, evidentemente, de cor verde. Estava eu em Maputo quando o Sporting foi à Luz fazer, talvez, o melhor jogo da época, contra um Benfica que se retraiu pela pujança do futebol do visitante. Concordamos que continua a não haver influência do meu clubismo na apreciação. Se ganhássemos passaríamos para primeiro na Liga, quando o jogo acabou, porém, o resultado era favorável ao anfitrião. 1 a 0 foi o resultado final, mas eu saí do restaurante satisfeito, os jogadores do Sporting haviam-se batido como leões e dignificaram a história de glória das camisolas que vestem. Este jogo marca um ponto de viragem, de declínio, já que não voltámos a jogar bem e temos vindo a piorar a qualidade do nosso futebol ao ponto de, por vezes, ser confrangedor assistir a um jogo do Sp

Youth Orchestra of Bahia - Tico-Tico no Fubá

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Beleza, alegria, brio, musicalidade, juventude, são boas palavras para definir o que aqui se passa, mas não chegam. A palavra certa é: FESTA. E não desliguem quando começarem as palmas, que a festa está a meio. Imagino o maestro, certa manhã chegou ao serviço e dirigiu-se aos músicos: - Caras, vamos desbundar, vamos fazer uma maluqueira. É fizeram uma bela maluqueira.

Leonard Cohen - Show Me The Place [2012]

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2012 - o ano da (des)graça

Neste ano da desgraça de 2012, vou ganhar 75% do que ganhava em 2010 e trabalhar mais 5 dias.

Há quanto tempo não ia a Stª Clara...

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Fachada principal do Convento de Stª Clara-a-Velha, com Coimbra à direita Foto tirada do restaurante, instalado numa construção moderna, onde se encontra também o museu Foram séculos parcialmente mergulhado nas águas do Mondego. Tenho muitas fotografias em papel das várias visitas que fiz a Stª Clara antes das obras. Algumas bem interessantes, se bem me recordo, porque toda aquela arquitectura com arcos, rosetas, pilares, abobadas, em que se cruza o Românico com o Gótico, envolta em água. Caminhávamos por passadiços metálicos sobre água escura. Tinha o seu quê de belo, igualmente.  Depois, foram muitos anos encerrado para obras. Ao longo desse tempo, várias vezes fui a Coimbra, e sempre que acontecia tentava ver Stª Clara, mas o raio do tapume lá estava a impedir-me. Parecia que viera para se eterno, mas não, felizmente. Regresso agora, algum tempo após a reabertura, e fiquei encantado com o que vi. A cerca de cem metros do convento, foi erguido um edifício que acolhe os serviços, e