Gonçalo Bulhosa regressa à Oficina do Livro

O editor Gonçalo Bulhosa, que foi responsável pelo lançamento de Margarida Rebelo Pinto e do primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, regressa à editora que co-fundou, a Oficina do Livro. Começa a trabalhar no Grupo Leya segunda-feira onde substituirá o editor Marcelo Teixeira, que abandonou o grupo.
Gonçalo Bulhosa, que foi em 1999 um dos fundadores da editora Oficina do Livro, agora integrada no Grupo LeYa, assume a partir de segunda-feira funções como editor daquela chancela livreira, divulgou nesta quinta-feira a agência Lusa.
Fonte da administração da Leya confirmou à Lusa que o editor que, através da Oficina do Livro, “lançou vários autores e títulos que marcaram o panorama editorial nacional”, irá agora ocupar o cargo que até esta semana era ocupado por Marcelo Teixeira, que deixou o grupo. A Oficina do Livro é a editora de Miguel Sousa Tavares.
Gonçalo Bulhosa lançou o primeiro romance de Margarida Rebelo Pinto, o best-seller "Sei Lá", quando estava na editora Difel e também Junot Diaz, Prémio Pulitzer para a Ficção 2008, quando o autor ainda não era conhecido.
Fundou depois, em 1994, a Oficina do Livro, com António Lobato Faria, que tinha por slogan "É bom Trabalhar nas Obras". Foi aqui que lançou o segundo romance de Rebelo Pinto, "Não há Coincidências", e o primeiro romance de Miguel Sousa Tavares, "Equador". Acreditava que existia uma janela de oportunidade para editoras mais flexíveis do que as classificadas como grandes e que um dos segredos para o sucesso passaria por acompanhar as obras dos autores do início até ao fim.
Quando abandonou a Oficina do Livro, Gonçalo Bulhosa foi para a Asa, em 2004, onde fundou a chancela Palavra, que editava autores brasileiros contemporâneos: Zuenir Ventura, Rui Castro (e a monumental biografia sobre Carmen Miranda), ensaios de Octávio Frias Filho, "Cazuza - Só as Mães são felizes" de Lucinha Araújo e Regina Echeverria, "O Canto da Sereia" de Nelson Motta, entre outros. Mais tarde, autonomiza a chancela (compra-a à Asa em 2006) que acaba por fechar algum tempo depois.
Nos últimos anos tentou organizar a Festa Literária Internacional de Sintra (FLIS), inspirada na Festa Literária Internacional de Paraty, onde esteve pela primeira vez em 2004, a acompanhar Miguel Sousa Tavares. O evento foi adiado para 2012 não se sabendo ainda se se vai realizar.

Mensagens populares deste blogue

Fortaleza Real de São Filipe, Cabo Verde, Património Histórico da Humanidade

Chamateia de Luís Alberto Bettencourt