Amour - mais uma jóia de Haneke
Aconselharam-me o Argo e eu vi; aconselharam-me Zero Dark Thirty e eu vi, desaconselharam-me o Amour e eu vi. Os primeiros veem-se, o segundo melhor que o primeiro, este último é uma obra prima.
Haneke
habitou-nos a grandes filmes e este não foge à regra, vem na saga de outros em
termos da qualidade que ele quer e consegue imprimir às suas obras. É dos
maiores realizadores da atualidade e eu gosto pouco desta coisa dos maiores
disto ou daquilo, mas neste caso estou certo de que é isso mesmo que penso. Este
Amour é um hino à velhice, mas também ao amor. Um hino não tem de ser
necessariamente coisa dócil. Este não o é, bem pelo contrário, é um filme muito
real, cruel mesmo, afinal tão cruel como a própria velhice. Verdadeiramente a não perder.