A Brigada do Reumático e os Sons de Abril

Completam-se hoje 40 anos sobre a celebérrima cerimónia que ficou para a História como «Brigada do Reumático». Surge na sequência da publicação do livro Portugal e o Futuro, de António de Spínola, que à data era o nº2 das Forças Armadas, empossado há um mês. Porque o livro punha em causa a política do Governo para o Ultramar, Marcelo sentiu-se fragilizado (pediu a demissão ao Presidente da República 2 vezes) e procura apoio. Marca então este encontro em S. Bento, que ele quis que fosse transmitido em directo pela televisão, onde deviam comparecer todos os oficias generais presentes na metrópole para, digamos assim, prestarem vassalagem ao chefe do Governo, dizendo que as FA não tinham política própria. Acontece que as duas primeiras figuras da hierarquia das Forças Armadas, os generais Costa Gomes e Spínola, pautaram pela ausência, o que leva à sua demissão dos cargos que ocupavam. Estas demissões, principalmente a de Spínola, diga-se, leva à saída em falso das tropas do regimento das Caldas da Rainha, na madrugada de 16 de Março, o que se saldou na prisão de cerca de 200 militares, alguns deles oficiais que pertenciam ao MFA. Esta saída em falso e as consequentes prisões, levaram a acelerar o golpe militar desferido a 25 de Abril, que poria fim ao Estado Novo.   

Deixo-vos com os Sons de Abril - registos de factos históricos da rádio portuguesa.


Sons de Abril

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