Benfica-Sporting, o desporto e a estupidez
Sporting e Benfica jogaram mais uma vez,
desta feita em Alvalade. O jogo acabou empatado a um golo, permitindo que o
Benfica continuasse em primeiro lugar, a quatro jornadas do fim. A derrota
poria em perigo o lugar cimeiro na classificação e, dado faltar tão pouco para
que o campeonato termine, a eventual conquista do tetra por parte
do clube da águia, o primeiro da sua história.
Mas nada disto pode
ter qualquer interesse quando um adepto morre por questões de disputa entre
claques. Na madrugada que antecedeu o jogo, por força da pressão que é exercida
pelas direcções dos clubes e altamente fomentada pela comunicação social, um adepto
de um clube foi atropelado mortalmente por, alegadamente, gente do outro
clube.
Nesta noite, a que
se seguiu ao jogo, toda a gente fala dos 90 minutos em campo, dos jogadores,
dos golos e principalmente do árbitro e dos seus eventuais erros. Não ouço
ninguém a condenar não só a morte de um homem, mas principalmente as condições
que a geraram. Tudo se poderá repetir e provavelmente ainda com mais gravidade.