Uma família inglesa.... em Albufeira


Portugal acabara de eliminar do Euro a República Checa e o povo pôs-se nos carros, com as bandeiras e cachecóis, e foi para rua apitar e gritar por Portugal. Nada de novo. Ao cimo da Rua do Oura, perto da Rotunda das Minhocas, num bar frequentado por muitos súbditos de Sua Alteza Real Isabel II, uma família inglesa (pai, mãe, dois rapazes e uma rapariga) por ali estava. Permaneci sentado na mesa do lado deles cerca de meia hora e ao longo de todo esse tempo, não os vi trocar uma palavra. Os rapazes concentrados nos telemóveis, a mãe na televisão (falavam do jogo que terminara), o pai a ver passar o cortejo - até sorriu a umas algarvias vistosas pintadas e vestidas com as cores da bandeira nacional - enquanto a rapariga apenas estava com os seus pensamentos. De férias e aparentemente tão infelizes. Quem me manda dar atenção a estas coisas. Não sei porquê veio-me à memória o início do Anna Karenina, de que gosto muito e que cito de cor: «As famílias felizes são todas iguais; mas cada família infeliz é infeliz à sua maneira»Talvez não seja bem assim e, com certeza, no original estará mais bonito, mas a ideia é esta e foi ela que em mim prevaleceu.       

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