Amália, a voz de todos nós

Não queria que este blogue se especializasse em necrologia, mas tenho de escrever algo sobre esta grande portuguesa.

Completam-se hoje 10 anos que o coração lhe obedeceu: «...pára meu coração, deixa de bater que eu não te acompanho mais.»
Mas foi um outro grande, precocemente desaparecido, que melhor a definiu face ao povo a que ambos pertenciam, refiro-me a António Variações: «Todos nós temos Amália na voz e temos na sua voz a voz de todos nós.» Dificilmente alguém pode encontrar forma de resumir melhor esta relação que sempre existiu entre Amália e os portugueses e, quanto a isso, fico-me por aqui.
Façam-lhe justiça continuando a ouvi-la. Ela iria gostar de saber. Numa das suas últimas entrevistas perguntavam-lhe se tinha medo da morte e ela respondeu, vou citar de cor: «Não receio a morte, receio que não chorem a minha morte.» Nada mais simples, humilde, genuíno. Ouvi-la é, de alguma forma, continuar a estar com ela, tê-la entre nós.

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