Na rádio - Antena 1

Hoje de manhã, no regresso a casa do café e do jornal, ouvi alguém na rádio dizer qualquer coisa como:
«Bem e mal fundam-se nas rotinas.»

Fica claro que concordo. Se calhar todos concordamos, mas por ser tão evidente, a tendência é que o ignoremos. A nossa passividade relativamente ao mal é nociva ao bem. Todos o sabemos, mas...

Logo a seguir, a mesma pessoa - uma senhora -, que não tive tempo de perceber quem era, adiantou: «Os portugueses queixam-se muito, mas nunca protestam.»

Outra verdade verdadeira. Tudo nos serve de pretexto para adiar ou não fazer, mas raramente nos agitamos o suficiente para denunciar ou reparar o mal. O sofá, a televisão, ou outra miudeza qualquer, geram a inércia que desmotiva à participação. E quando não havia televisão ou mesmo sofá?
Ah, pois!… Havia uma miudeza qualquer, essa nunca faltou. Mas sempre foi assim. Faz parte do ADN nacional.
E sendo assim «Vão sem mim que eu vou lá ter.» Como cantam os Deolinda, naquele autêntico lado B do hino nacional, que dá pelo nome de Movimento Perpétuo Associativo. Recomendo.

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