Hoje, 1 de Outubro

É Dia da Música; dia em que a Electricidade (a maiúscula por causa do preço) passa de 6 para 23% de IVA; o dia de aniversário da filha de um bom amigo; primeiro dia do último trimestre de 2011, e ainda ontem festejávamos a chegada do novo ano. É o primeiro dia após a libertação de Isaltino Morais e o segundo dia depois da sua detenção. É dia de concerto do Carlos do Carmo acompanhado pelo Bernardo Sassetti no CCB (já tenho bilhete). Mas de tudo isto, prefiro destacar o artigo de Pedro Mexia no Atual (sem c) sobre o DNJovem e a geração que dele despontou, que reúne alguns dos nomes mais marcantes nas actuais letras portuguesas. Mas mais do que isso, o artigo fez-me lembrar que eu nem sempre comprava o jornal, mas havia um dia em que não podia falhar, a 3ª feira, dia de DNJovem. Viveu 13 anos, entre 1983 e 1996 e morreu de facto quanto o passaram para formato digital, num tempo em que menos de 1% dos portugueses tinha internet em casa.
Nestes dias de aperto, em que os jornais vêem as suas tiragens a reduzirem-se drasticamente, em que os jovens estão, como nunca antes sucedeu, entre os muitos que nunca compraram um jornal na vida, não seria de tudo tentar para agarrar essas camadas com um formato do género do DNJovem, ainda que com valências mais ao gosto das novas gerações?
Mas como nada acontece, penso que quem decide está já resignado a fechar a loja quando morrerem aqueles que ainda compram jornais. O jornal não dá, não importa, vendem-se filmes, discos, livros para compensar e aguentar. No fundo nada de novo, navegação à vista, não arriscar coisa alguma para que não lhes imputem responsabilidades por decisões que vierem a mostrar-se erradas. Nada de novo.

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