A UNESCO, a Palestina e a vitalidade democrática dos EUA


Por princípio, sou pela autodeterminação dos povos e assim, pela independência da Palestina. Não se ignora a delicadeza do tema, que se arrasta há décadas e causou já muitos milhares de mortos. Não se pode ignorar o povo de Israel, que está isolado entre inimigos figadais, alguns dispostos a morrer para matar um israelita, em muitos casos, fruto de uma educação tendenciosa e perigosa, porque assenta no fundamentalismo religioso. A solução passa por apoiar a independência da Palestina, sem pôr em perigo a independência de Israel. E, convenhamos, a tarefa é delicadíssima.
Hoje, com votação muito folgada, foi aprovada pela Conferência Geral da Unesco, em Paris, a integração no seu seio da Palestina, reconhecendo-lhe, implicitamente, estatuto de Estado.
Entre os 14 países que votaram contra, conta-se, sem surpresa, os EUA, por razões históricas de apoio incondicional a Israel.
Porque o país auto-assumido paradigma das liberdades e dos direitos individuais não apreciou a derrota, resolveu, pura e simplesmente, deixar de contribuir financeiramente para a Organização.
Não é o primeiro, mas aqui temos mais um magnífico exemplo de aceitação das tão apregoadas regras democráticas.

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